segunda-feira, 22 de junho de 2009

Certo,certo, é morrer um dia

Se a morte é certa porque mete tanto receio a tanta gente? Assim que nascemos a única coisa que podemos ter por garantida e que iremos morrer,tá bem que o pagar impostos também e uma certeza,mas aqueles que não chegam a idade de os pagar,quanto muito pagam outros por eles os impostos de medicamentos e serviços diversos. Sim porque eles por la andam e tem de ser pagos de uma forma ou de outra,tal como a morte,mas essa não há quem a pague por ninguém.podem ate tentar,o melhor que irão conseguir será um misero adiamento,porque há uma hora destinada a toda a gente e quando ela chega não há volta a dar. Basta recebe-la e lidar com ela da melhor forma.
Sendo algo de tão natural e corriqueiro tem o condão de surpreender sempre,sabemos que temos os dias contados mas como não sabemos que contas foram feitas julgamos-nos imortais,talvez o sejamos ate o deixar de ser.Como um electrodomestico que funcionara com garantia,que a dou eu, ate ao momento em que avaria,mas sempre com surpresa para quem deixa de ouvir musica,ou de ver tv,ou de lavar roupa na maquina. Talvez sejamos nos maquinas que perdem a garantia quando avariam,também temos os nossos impulsos eléctricos e componentes que se conjugam para laborar ao serviço de outros. Não é mesmo isso que as maquinas fazem conjugar vários componentes para laborar ao serviço de outros?Nós também estamos sempre a laborar para outros,mas não os patrões e donos do mundo,não estamos a laborar para bem mais importantes figuras,laboramos para os que hão-de vir,aqueles que ainda não pagam impostos mas que antes de chegarem já tem a certeza que irão partir.
Estranha viagem de trabalho esta,nascer, ... ,morrer,sendo o que ta no meio irrelevante pois ficara esquecido,apenas se saberá que houve quem nascesse e morresse antes de nos.De alguns ainda se ouvem algumas historias,mas é uma questão de tempo até caírem todos no esquecimento. Estou certo que há milhares de anos existiu um ser que inventou a roda,que dominou o fogo,que começou a cultivar, de certo que no seu tempo seriam heróis e conhecidos,nem que fosse por apenas meia dúzia que hoje valeria por muitos milhões,no entanto apenas ainda sabemos que alguém o fez,não sabemos quem o fez.Daqui a mais uns milhares ou milhões de anos,que se lembrarão os que cá tiverem,se ainda houver quem por cá esteja? Nem saberão provavelmente que um dia existiu a roda que fez movimentar o planeta a falta de melhor meio de transporte.E é para essas maquinas que um dia existirão que nascemos, ... ,morremos sendo a parte do meio irrelevante e no mesmo tempo essencial.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Os bêbados é que vêem bem

Ora ai vai mais uma dose de pura inutilidade.Eu faz já muito tempo que me convenci que nesta vida tudo vem aos pares,tudo é duplo e não me ocorre nada que assim não seja,talvez seja uma busca interessante para divagar no pensamento. Se repararmos tudo tem um outro lado,seja a outra face da moeda,o sim vs. o não,o bem e o mal,a fome e a fartura,etc.etc..
Porque assim é?
Porque não poderia ser de outra forma.

Para dar valor a algo tem de existir obrigatoriamente o seu oposto,não há volta a dar.Como poderíamos tentar nos sermos justos se não existisse a injustiça, ser bons sem o mal, ser ricos sem os pobres? Tem sempre de existir o oposto,apesar deste por vezes se tentar esconder tal é o hábito de adoptar um valor que nos esquecemos o seu oposto,mas ele tá sempre lá.
O hábito é tal que todos os dias fazemos milhares de escolhas sem nos darmos conta,todas elas entre A e B,sem nunca por nunca surgir um misero C para complicar mais as coisas. Mesmo quando se apresentam três caminhos temos de primeiro decidir se escolhemos algum ou não escolhemos nenhum,lá porque não temos consciência de que fizemos essa escolha ela teve de ser feita. Por vezes irritam tantas escolhas entre o A e o B,de manhã á noite sempre a escolher,levanto-me ou fico a dormir,saio de casa ou fico nela,atravesso a rua ou deixo-me ir neste lado,continuo a viver ou dou um tiro nos cornos(esta não convém ser diária,não vá um dia se escolher a errada,seja ela qual for). Com tanta escolha seria de supor que vivêssemos sempre na duvida,no entanto cada vez mais os que se acomodam as certezas da sua rotina,fazendo sempre o mesmo da mesma maneira. Não deixa de ser um paradoxo termos milhares de escolhas diárias e haver quem esteja farto de fazer sempre a mesma coisa,basta escolher uns B´s em vez dos monótonos A´s ou vice-versa.
Chegando aos bêbados que tem a melhor visão,sim porque sempre que eles olham para algo e o vêem a dobrar,estão na realidade a ver a duplicidade que se encontra em todo o lado.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Para quê ralar?

Para quê ralar por ninguém ter lido o que escrevi? Estava mais que previsto que seria o mais natural de acontecer. A sério que pouco me importo que assim seja,mesmo que me importasse não faria a mais pequena diferença. Sim porque tudo é como deve ser e não de outra forma qualquer.
Tomemos por exemplo o facto de eu escrever para ninguém ler,é assim porque só podia ser assim, se não digo a ninguém que ando a escrever,se não convido ninguém para passar por este blog as probabilidades não estão a meu favor. Apesar de não ser um impossível que alguém por aqui se perca em noite de embriaguez, ainda está no monte dos extremamente improváveis.
Mas hoje quero falar dos problemas que nos ralam todo o santo dia, problemas esses que não merecem um segundo sequer de ralação. Sim,não vale a pena uma pessoa ralar-se por algo que das duas uma,ou já tem solução e basta aplica-la ou não tem solução e por muito que se tente não a passará a ter. Já diziam os antigos,com toda a razão, que o que não tem remédio remediado está. Visto vivermos numa sociedade em que tudo é duplo, tudo tem dois caminhos, duas soluções. Sendo assim porque raio nos acelera a pulsação sempre que surge algo de novo, para quê as noites mal dormidas em busca de soluções que já lá estão e apenas são duas, para quê os suores frios antes da acção que sabemos ter de ser feita. Não faz qualquer sentido.
Seja o problema de que tamanho for,apesar de achar que todos os problemas do mundo tem o mesmo tamanho ficando tais pensamentos para segundas núpcias, não vale a pena uma pessoa perder o sossego e a tranquilidade de quem se acomodou a uma rotina e com ela se sente bem,que esta da rotina também merece casório...
Contudo estranho é que num tema em que as certezas são a solução,tantas dúvidas surjam que por falta de vontade ou sabedoria ficam sem resposta. Dias em que a cabeça esteja com mais vontade e sabedoria virão para as esclarecer,hoje tenho um problema que me inquieta...

terça-feira, 16 de junho de 2009

Algo de impossivel

Para começar,talvez me devesse apresentar,vai dai talvez não.Afinal para alem de mim poucas pessoas alguma vez irão ler o que escrevo,ao dizer poucas pessoas estou a ser muito optimista como é óbvio.O mais certo é ninguém perder tempo a ler com os disparates que passam pela minha cabeça,passados para um teclado de computador seguindo para o monitor e para o mundo. Pois se ninguém irá ler o que escrevo,nem mesmo eu,para quê fazê-lo? Boa pergunta,talvez,tivera eu a resposta que dá-la-ia de boa mente,mas não a tenho.Apenas foi um disparate que passou pela minha cabeça,etc.etc..
Concluídas as não apresentações,quero e vou escrever sobre o impossível. Não que acredite que existam muitas coisas que o sejam,mas porque encontrei duas. Olha que interessante dirão alguns,nem por isso dirão outros,como nem uns nem outros irão ler isto vou continuar a escrever até me fartar. Voltando ao impossível,parece que tá em todo o lado,é impossível arranjar trabalho,ou melhor é impossível arranjar emprego que pague muito mas mesmo muito bem e que se faça pouco mais que nada,e impossível que nos calhe o euromilhões 17 vezes seguidas jogando apenas uma aposta e sempre igual poderia dar mais milhentos exemplos.No entanto todos eles seriam exemplos de coisas extremamente improváveis e não de impossíveis. Por muito estranho que possa parecer quase tudo pode eventualmente acontecer.O que nos parece hoje impossível pode se tornar banalissimo daqui a meia dúzia de anos,senão vejamos,á 500 anos era impossível voar,hoje também o é porque não há pachorra para estar horas em filas para apanhar um avião,no entanto eles andam por ai a voar.
Não sei se já me fiz entender em relação aos improváveis que não são impossíveis,pouco importa visto que ninguém irá ler isto,se não importa passarei aos exemplos que acho serem impossíveis e não apenas muitíssimo improváveis. O primeiro deles é imaginar o nada,parece simples mas é deveras complicado,porque se pensarmos em algo deixa de ser o nada.Podemos também não pensar mas ai não surge o nada,apenas nada surge e o que disse ser impossível era imaginar o nada.O que me leva a pensar se o nada existe,deve de existir se assim não fosse para quê criar uma palavra para o definir? Se existe deveria alguém saber seu aspecto,aspecto esse que não pode ter porque se nada é nada pode ter,nem aspecto,nem cor,nem cheiro porque se tiver algo deixa de ser nada e passa a ser esse algo. Poderia continuar neste ciclo vicioso durante horas a fio,para chegar sempre ao mesmo destino,passo a redundânciaIMPOSSÍVEL IMAGINAR O NADA.
Já o segundo exemplo me deixa mais na duvida se e impossível ou extremamente improvável,mas faltando argumentos que me tirem as duvidas mando ao exemplo para o pequeno monte dos impossíveis.E o exemplo ai vai em forma de pergunta,o que acontecerá se um objecto imparável se encontrar com um objecto inamovível? A resposta mais lógica será dizer que um terá de ceder,mas ai surge o impossível.O quê ainda não viram onde está o impossível?Claro que não se não leram,também não sabem onde ele pára.O impossível está na existência simultânea destes dois objectos.Cada um por si apenas seriam improváveis,mas os dois ao mesmo tempo, isso acho ser uma impossibilidade,visto um anular o outro. Seja de que forma for,um terá de ceder fazendo com que perca o nome de imparável ou inamovível.Já pensei na hipótese de um poder atravessar o outro,mas penso que ai não deixaria de ser uma cedência mesmo que a um nível menos catastrófico.Como ainda tenho duvidas não vou afirmar em maiúsculas e se encontrar outro impossível escrevê-lo-ei,não para alguém o ler mas para me entreter.